Constelação familiar: juízes federais e servidores concluem curso

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Mu00e9todo busca esclarecer causas de conflitos levados ao Judiciu00e1rio a partir das relau00e7u00f5es pessoais (Divulgau00e7u00e3o/CFJ)

O Centro de Estudos Judiciários do Conselho da Justiça Federal (CEJ/CJF) sedia até quarta-feira (28) o Curso de Formação em Organização Sistêmica – Módulo I, na sede do órgão, em Brasília. O objetivo da capacitação é apresentar os conceitos e a filosofia das Constelações Familiares para magistrados e servidores da Justiça Federal, principalmente aos que atuam na solução alternativa de conflitos.

A proposta é voltada para organização e aprofundamento dos conhecimentos teóricos, técnicos e práticos, específicos para a aplicação no trabalho de conciliação. Para isso, fundamenta-se na capacidade de percepção, análise crítico-reflexiva, flexibilidade e disposição para a busca de novas informações, tendo em vista a complexidade das demandas judiciais. As aulas são presenciais, interativas e expositivas, com exercícios para fixação dos conceitos apreendidos, além da elaboração de relatórios. O conteúdo dos módulos curriculares está sendo apresentado por meio de exposição dialogada e dinâmicas de grupo.
O instrutor da capacitação é o médico cirurgião Décio Fábio de Oliveira Júnior, que utiliza a técnica das Constelações Sistêmicas Familiares desde 1999. Segundo ele, ao final do curso, o participante vai adquirir uma percepção mais efetiva de si e de sua origem, sendo capaz de ter uma atuação mais humanizada sobre determinados fatos da vida em sociedade.
“As constelações são um método inovador, que nos permite compreender que as relações humanas são sensíveis à postura. Ou seja, quando nós compreendemos que essa postura se move, baseados no princípio do método, a outra pessoa também modifica o comportamento dela, modulando, então, a postura do interlocutor. A pessoa que aprende esses princípios pode alterar a forma como os relacionamentos acontecem”, explicou o instrutor.
Também participaram da abertura do curso a juíza do Tribunal de Justiça de Rondônia Sandra Silvestre, a coordenadora do Instituto Vida Plena, Zilma Watanabe, e a assessora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) Aline Mendes.

Constelações Familiares

Essa é uma nova abordagem da Psicoterapia Sistêmica Fenomenológica criada e desenvolvida pelo alemão Bert Hellinger após anos de pesquisas com famílias, empresas e organizações em várias partes do mundo, buscando o diagnóstico e solução de problemas e conflitos. O resultado desses experimentos se transformou em um trabalho simples, direto e profundo que se baseia em um conjunto de “leis” naturais que regem o equilíbrio dos sistemas.
A intenção da utilização no Poder Judiciário é buscar esclarecer para as partes o que há por trás do conflito que gerou o processo judicial. Os conflitos levados para uma sessão de constelação, em geral, versam sobre questões de origem familiar, como violência doméstica, endividamento, guarda de filhos, divórcios litigiosos, inventário, adoção e abandono.

Fonte: CJF