Mais de seis mil consumidores com nome inscrito no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) tiveram a oportunidade de quitar suas dívidas durante o primeiro Arraiá do Limpa Nome, realizado pelo Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE). A iniciativa foi desenvolvida entre 3 e 13 de junho pelo Núcleo Permanente de Métodos Consensuais e Soluções de Conflitos e Cidadania (Nupemec) do tribunal, em parceria com o Clube de Dirigentes Lojistas de Aracaju (CDL).
A ação incluiu dez empresas e bancos que aceitaram fazer uma negociação prévia com o Judiciário. “O resultado da ação nos surpreendeu positivamente pela quantidade de pessoas atendidas, pelo montante recuperado pelas empresas e, principalmente, por ter possibilitado às pessoas a devolução da sua autoestima”, comemorou o presidente do Nupemec, o Desembargador Luiz Mendonça.
Somente a administradora de cartões de crédito Banese Card realizou 1.114 acordos durante o evento. Já o saldo recuperado superou os R$ 2 milhões. Também participaram do Arraiá: Americanas, G.Barbosa, Tyressoles, Ceape, Polishop, Submarino, Universidade Tiradentes, Banco do Estado de Sergipe (Banese), Banese Card e Banco do Brasil.
Quitação – O segurança Moisés Menezes da Cunha, que estava há sete anos desempregado, conseguiu realizar um bom acordo: a dívida dele foi reduzida de cerca de R$ 17 mil para R$ 3 mil. “Foi uma oportunidade excelente. A negociação foi ótima”, disse satisfeito. A dona de casa Rosenilde Batista contou que ao tomar conhecimento do Arraiá pela televisão enxergou uma oportunidade de negociar sua dívida. “É sempre bom estar com o nome limpo, nem sempre é por culpa nossa que estamos com dívidas. Consegui fazer um bom acordo”, comemorou.
Além da oportunidade de negociação, quem compareceu ao Arquivo Judiciário assistiu apresentações teatrais e palestras sobre diversos temas, especialmente Direito do Consumidor. Na oportunidade, foram distribuídas cartilhas para adultos e crianças, confeccionadas pela Diretoria de Comunicação do TJSE em parceria com a CDL, que tratam sobre orçamento doméstico. Para o presidente da CDL Aracaju, Samuel Shuster, o resultado foi bom para as empresas e para o consumidor. “Em muitos casos, as dívidas foram abatidas em 90%”, revelou.
A juíza Dauquíria Ferreira, coordenadora do Centro Judiciário de Resolução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) do TJSE, prevê segunda edição do evento no final do ano, possivelmente em novembro. “O Judiciário fez uma negociação prévia de condições de pagamento e parcelamento com as empresas. Muita gente saiu bastante satisfeita. As empresas cumpriram o que foi negociado. Além disso, serviu para aproximar o Judiciário da população”, constatou a juíza.
Fonte: TJSE