Como podemos antecipar potenciais casos de adoecimento mental de servidores públicos no ambiente de trabalho? Para incentivar o desenvolvimento de soluções tecnológicas que permitam identificar as situações de assédio, pressão, fadiga e estresse que levem a transtornos mentais, como burnouts, depressão e ansiedade, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro) e a Escola Nacional de Administração Pública (Enap) promovem o desafio Detecção de Riscos à Saúde Mental no Trabalho.
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Podem se inscrever, até o próximo domingo (22/11), empresas, negócios de impacto, entidades privadas sem fins lucrativos, instituições de pesquisa científica e tecnológica públicas e privadas e cidadãos brasileiros e estrangeiros em situação regular no país, a partir de 18 anos de idade, individualmente ou em grupo. Serão premiadas três iniciativas, com valores de R$ 50 mil (1º colocado), R$ 30 mil (2º colocado) e R$ 20 mil (3º colocado).
A iniciativa se enquadra na Resolução CNJ nº 207/2015, que instituiu a Política de Atenção Integral à Saúde de Magistrados e Servidores do Poder Judiciário.
Afastamentos
O mundo laboral está em constante mudança, inclusive no Poder Judiciário. Por isso, manter um ambiente organizacional saudável e adequado é uma estratégia importante para prevenir e combater as doenças ocupacionais vinculadas à saúde mental.
Nos últimos sete anos, 15 mil servidores federais foram afastados por transtornos mentais. Isso impacta os níveis de produtividade dos servidores, suas equipes e o serviço público como um todo, além de gerar custosas demandas judiciais – que vêm aumentando nos últimos anos.
Além disso, o estudo Mental Health in the Workplace, divulgado em 2019 pela Organização Mundial de Saúde (OMS), afirma que, para cada US$ 1 investido em ações que promovem melhorias na saúde e bem-estar mental dos colaboradores, US$ 4 são percebidos em ganhos com o aumento da produtividade.
Agência CNJ de Notícias