Dia Nacional da Defensoria Pública: Cidadania e acesso à ordem jurídica justa

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Foto: DPMG
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Atuação em 113 sedes espalhadas por todas as regiões do estado, 670 defensoras e defensores públicos em atividade, média de quase 650 mil atendimentos por ano. Com estes números e muitos avanços administrativos e tecnológicos em favor do cidadão, a Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG) celebra, nesta quarta-feira (19/5), o Dia Nacional da Defensoria Pública, instituição que garante o acesso à Justiça às pessoas vulneráveis.

O acesso não se restringe aos tribunais. Ele abrange o exercício pleno dos direitos, em especial dos direitos fundamentais, bem como as diversas alternativas para a resolução pacífica dos conflitos sociais, de forma extrajudicial. É por meio da Defensoria Pública que é garantida a assistência jurídica integral e gratuita àqueles que não podem custeá-la. Além disso, a instituição tem legitimidade para atuar por meio da tutela coletiva.

A aproximação com a sociedade e grupos vulneráveis reforça seu perfil como instituição fundamental para a transformação das desigualdades, a partir da efetivação do amplo acesso à Justiça e da dinamização das relações de poder, que têm por pressupostos a promoção da educação em direitos e a difusão da consciência cidadã, iniciativas essas expressivamente promovidas pelas defensorias.

A atuação extrajudicial da Defensoria também é expressiva e tem se tornado cada vez mais intensa e ampla. Um exemplo – e que virou referência – é o acordo para pagamento de indenizações extrajudiciais às vítimas do rompimento da barragem em Brumadinho. Mais de R$ 200 milhões já foram pagos aos atingidos por danos individuais, sem prejuízo às ações coletivas em andamento.

Cidadania

Em Minas Gerais, a Defensoria Pública completa 45 anos de atuação em 2021. A DPMG tem atuação nas áreas cível, família, criminal, saúde, consumidor, idoso e pessoa com deficiência, infância e juventude, defesa da mulher vítima de violência, direitos humanos, coletivos e socioambientais, sistema prisional e urgências criminais e, ainda, em segunda instância e tribunais superiores.

A Defensoria mineira realiza ações extrajudiciais em todo o estado, com o objetivo evitar a judicialização de causas, contribuindo e fomentando a celeridade na solução dos conflitos. Os mutirões de reconhecimento de paternidade, de resolução de conflitos familiares e de casamentos comunitários, as ações comunitárias, campanhas de saúde e educação em direitos, distribuição de cartilhas e outras são iniciativas da DPMG que contribuem para a transformação social e a efetivação do princípio e fundamento constitucional da dignidade da pessoa.

Outra iniciativa extrajudicial da DPMG é o trabalho de mediação de conflitos, tanto no ambiente escolar como no ambiente familiar. De forma democrática, na mediação as próprias partes envolvidas buscam a solução do seu conflito, aprendendo a dialogar entre si. A busca de medidas extrajudiciais demonstra que a desjudicialização tem sido o caminho mais efetivo para solução pacífica de conflitos.

Novas ferramentas

A Instituição tem investido em soluções de tecnologia, buscando ampliar o acesso e conhecimento de seus serviços e fortalecer sua aproximação com a população. Graças a esse investimento, a DPMG tem realizado uma média de 6 mil atividades jurídicas diárias neste período de isolamento social devido à pandemia do novo coronavírus, em que o atendimento tem sido feito preferencialmente pelo regime de teletrabalho.

Novos instrumentos foram desenvolvidos e estão sendo implantados nas unidades, como os canais “Agendamento Online”, “Atendimento Digital” e “Fala Defensoria”. Além disso, o App DPMG, com funcionalidades voltadas para o cidadão e também para o aumento da eficiência interna está em fase final de testes e será oficialmente lançado em breve.

Os avanços permitem que defensoras e defensores públicos, mesmo à distância, atuem para assegurar a assistência jurídica gratuita aos cidadãos em casos de urgência e em que os assistidos não podem esperar nas mais diversas áreas, como de família, infância e juventude, mulheres em situação de violência, criminal, consumidor, na saúde com fornecimento de medicamentos e garantia de tratamento, entre outras.

Os esforços institucionais para a continuidade da prestação de serviço aos cidadãos em todo o estado refletem a vocação da Defensoria Pública em ser a instituição que mais se aproxima da finalidade última do Direito – promover justiça social.

Fonte: DPMG