O Fórum Desembargador Joaquim de Sousa Neto, também conhecido como Fórum Verde – do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) – foi selecionado como uma das três edificações que mais se destacaram na categoria Obras Públicas Sustentáveis do prêmio promovido pela Green Building Council, organização que promove a sustentabilidade de obras e edificações. A etapa decisiva do concurso, realizada por meio de votação popular pela internet, foi iniciada no último dia 14/9 e vai até as 22h do dia 24/10.
O prêmio tem como objetivo reconhecer indivíduos, empresas ou organizações brasileiras por sua obra, produto, serviço, inovação e ações para redução do impacto socioambiental. A premiação pretende destacar as instituições que têm contribuído para o avanço do setor de construção sustentável no Brasil.
Fórum Verde – A construção do Fórum Verde envolveu profissionais multidisciplinares e integrou conceitos ecologicamente reconhecidos, desde a concepção do edifício. A edificação foi construída de maneira que permitiu a retirada mínima da vegetação nativa, ficando totalmente integrado com o entorno. Também buscou aproveitar, ao máximo, em todos os ambientes, a iluminação natural e a ventilação cruzada, o que garantiu a redução do uso de iluminação artificial e do ar-condicionado.
A leve rotação do edifício permitiu a criação de floreiras em todos os pavimentos, o que além de humanizar o ambiente auxiliou na proteção solar e na melhoria da qualidade do ar. A cobertura ajardinada reduziu a carga térmica do edifício. Além disso, o Fórum sustentável do TJDFT possui uma estação compacta de tratamento de efluentes, captação de águas da chuva, que permite a reutilização desses recursos pluviais para fins não potáveis, como descarga, lavagem de pisos e irrigação de jardins.
Foram usados na obra metais e sanitários que permitem economia no consumo de água e toda a madeira utilizada nas paredes divisórias é comprovadamente proveniente de reflorestamento. Também as tintas, mantas e colas empregadas foram testadas em laboratórios independentes, obedecendo às normas técnicas mais restritivas de liberação de Compostos Orgânicos Voláteis (COV´s). Ao todo, foram aplicados 20% de materiais reciclados e 40% de materiais regionais, produzidos em um raio de 800 km de distância da obra. Também foi utilizada a gestão sustentável de resíduos durante a fase de execução, garantindo que 75% dos resíduos gerados fossem reaproveitados ou reciclados.
A edificação prevê redução de energia elétrica em razão de estudo de aproveitamento da luminosidade natural, menor necessidade de uso de ar-condicionado em virtude da maior circulação de ar, reutilização de resíduos da construção, tetos verdes para captação de águas pluviais, reuso de águas cinzas (provenientes das cubas e chuveiros), entre outras soluções sustentáveis.
Fonte: TJDFT