A campanha também tem a finalidade de mudar o foco da abordagem sobre o tema e começar a falar de paz. Com isso, visa combater a violência contra a mulher em todo o país. “Depois da edição da Lei Maria da Penha em 2006, percebeu-se um aumento na criminalidade contra a mulher. Ainda não há uma pesquisa conclusiva que mostre se isso é decorrente da conscientização das mulheres, que antes não denunciavam os fatos e agora começam a delatar, ou se a partir da norma houve realmente um aumento dos crimes contra a mulher”, destacou o presidente do TJAP, desembargador Carmo Antônio de Souza.
Ele disse ainda que, depois de tanto tempo, a lei precisa ser revigorada. “As mulheres precisam cada vez mais ter consciência dos seus direitos e, acima de tudo, o homem tem que entender que a violência contra a mulher não é uma coisa natural; pelo contrário, é uma coisa antinatural”, sustentou Carmo Antônio de Souza. A campanha identificará julgamentos de júris e audiências de instrução que envolvam o tema da violência doméstica entre 9 e 13 de março em todo o Brasil.
Mobilização – No Amapá, o presidente do TJAP garantiu que, a partir desta semana, a Justiça já começa a se mobilizar para atender a essa demanda. “Com a ajuda de juízes e servidores, iremos identificar os processos que tratam de violência contra a mulher e, assim, dar visibilidade a esses julgamentos, para que os autores percebam que essas condutas serão prontamente reprimidas em nosso estado”, afirmou o presidente do tribunal.
Fonte: TJAP