Judiciário do Mato Grosso manterá padronização de sistemas de TI

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A Coordenadoria de Tecnologia da Informação do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) dará continuidade em 2012 à estratégia iniciada em 2011, de padronizar e integrar os sistemas desenvolvidos e instalados em todos os setores da Justiça Estadual. De acordo com o coordenador, Carlos Campelo, a integração não será apenas nos softwares utilizados, mas também em tecnologia, procedimentos e conhecimento.

O coordenador informa que dará continuidade à implementação do Balanced Scorecard (BCS), uma ferramenta de administração adotada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e agora também pelo TJMT. A ferramenta tem quatro perspectivas na essência, que foram ampliadas para sete no TJMT, sendo elas pessoas, conhecimento, gestão, rotina, tecnologia, cliente e financeiro. O objetivo, conforme Campelo, é que todas essas perspectivas cresçam de forma balanceada.

A integração dos sistemas ocorre em todas as áreas, entre elas a própria TI, que adotou ano passado no TJMT o service desk (sdk), ou central de serviços, como ponto único de entrada de informações da informática. Além de estender o serviço para todo o Estado, a meta para este ano é que 80% dos incidentes que chegam ao sdk sejam resolvidos no primeiro atendimento. A TI implementou ainda a metodologia de desenvolvimento de sistemas (mds), que consiste em um padrão de desenvolvimento de variáveis, telas e logins.

Na Coordenadoria de Recursos Humanos, a TI está implantando este ano um sistema único de Gestão de Pagamento de Pessoas (GPP). De acordo com Campelo, o sistema já foi implantado no Departamento de Pagamento de Magistrados (DPM) e será estendido ao Departamento de Pagamento de Pessoal (DPP), integrando os sistemas de pagamento do Poder Judiciário Estadual.

O mesmo deverá ocorrer na área administrativa com a implantação do Controle de Informações Administrativas (CIA), um programa de gestão de documentos, controle de documentos e expedientes e controle de processos, que irá integrar os dois sistemas utilizados hoje: O Atenas e o Geacor. “A atividade será a mesma, mas com uma tecnologia diferente”, destaca Campelo.
       
Na área judiciária, o coordenador de TI ressaltou o Processo Judicial Eletrônico (PJe), que substituirá gradualmente os sistemas Proteus, Apolo e Projudi. O PJe começou a funcionar, como projeto piloto, no dia 5 de dezembro no Juizado Especial da Fazenda Pública, no Fórum Desembargador José Vidal, em Cuiabá, instalado na mesma ocasião.

Tanto o PJe quanto o CIA possuem um gerenciador de documentos, que permite construir o documento dentro do sistema, com editor de texto. Conforme Campelo, a intenção é iniciar um processo de aplicação desse gestor de documento projetado pela própria TI, a fim de diminuir o uso do sistema word. A previsão é de uma economia e R$ 2 milhões somente em licença.

Também está sendo estudado para fins de implantação em 2012 um novo sistema de correio eletrônico, o Zimbra, para substituir o Lotus Note. O objetivo é proporcionar a cada servidor um e-mail, situação que só ocorre atualmente no Tribunal de Justiça.

Com a integração dos sistemas, o coordenador de TI avalia que o Poder Judiciário não ganha apenas em tecnologia mais moderna e abrangente, para atender todas as comarcas, mas também em performance, já que haverá mais técnicos para dar suporte aos produtos.

Do TJMT