Aprimorar o sistema carcerário tem sido uma preocupação para os magistrados mato-grossense. Preocupados em encontrar soluções, os juízes Jorge Luiz Tadeu Rodrigues e Geraldo Fernandes Fidelis Neto, respectivamente, auxiliar da Corregedoria-Geral da Justiça e titular da Vara de Execuções Penais de Cuiabá, defenderam nesta quinta-feira (26/9), em audiência pública Saúde Mental e Direitos Humanos, uma forma de atuação em conjunto dos entes responsáveis pela melhoria do sistema de saúde que atende os doentes mentais encarcerados.
O evento foi realizado no Auditório Milton Figueiredo, na Assembleia Legislativa, oportunidade em que foram debatidos problemas e soluções ligados à questão dos doentes mentais em cumprimento de medidas de segurança. “É como se tivéssemos uma chaga e tratássemos com um tampão. Os próprios trabalhadores da saúde enfrentam dificuldades e lutam para manter a sua sanidade mental diante das muitas demandas e da total falta de estrutura, medicamentos e médicos. O tratamento mais adequado é a reinserção social. Para isso, precisamos do apoio do Estado e também da família. Muitas dessas pessoas têm condições de retornar para casa, já não oferecem mais periculosidade, basta fazer o exame adequado que assegure isso”, observou o juiz Jorge Tadeu.
“Devemos buscar articulações para resolvermos os problemas. Todos queremos melhorar o sistema que temos hoje. Atualmente, temos 16 pessoas internadas nessas condições e uma fila com outras 23 para ingressarem no sistema”, informou Geraldo Fidelis, que desenvolveu o Mutirão Carcerário na capital.
Os participantes debateram o papel do Estado e da sociedade em relação aos pacientes, direitos humanos e a reinserção social. O evento foi promovido pela Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Amparo à Criança, presidida pelo deputado estadual Emanuel Pinheiro, pelo Conselho Regional de Psicologia da 18ª Região e pela Defensoria Pública do estado.
A Corregedoria, por intermédio dos juízes Jorge Tadeu e Geraldo Fidelis, já vem desenvolvendo ações em prol da melhoria do sistema, a exemplo do Fórum Mato-Grossense para Modernização e Humanização do Sistema Penitenciário do estado.
Fonte: TJMT