Produto da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (ENCCLA) – da qual o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) faz parte –, a Rede de Laboratórios de Tecnologia contra a Lavagem de Dinheiro recebeu investimento de R$ 23 milhões em 2013. Nos últimos quatro anos, os gastos chegaram a R$ 41 milhões, a maior parte em softwares e hardwares.
Os dados foram apresentados na última quarta-feira (26/2) durante reunião da ENCCLA, no Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional, da Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça (DRCI/SNJ-MJ), em Brasília/DF. O encontro teve a participação dos conselheiros do CNJ Luiza Frischeisen e Gilberto Valente.
Diante da dificuldade na análise de um volume alto de dados nas investigações, os laboratórios foram criados para aprimorar técnicas e soluções na análise de dados financeiros obtidos com a quebra de sigilo bancário, telefônico e fiscal. De acordo com dados do departamento, o montante total investido corresponde a 0,2% do valor que os técnicos dos laboratórios já conseguiram identificar como sendo ativos com indício de ilicitude.
Segundo dados do órgão, entre 2009 e o primeiro semestre de 2013, foram analisados nos laboratórios 1.528 casos de suposta lavagem de dinheiro que envolvem R$ 19,6 bilhões em ativos. A meta para 2014 é expandir a rede para 43 laboratórios. Atualmente, existem 28 unidades espalhadas pelo Brasil.
Bárbara Pombo
Agência CNJ de Notícias