Dirigentes dos tribunais superiores de Justiça reforçaram os propósitos do presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Gilmar Mendes, na implantação do planejamento estratégico na Justiça durante o 2º Encontro Nacional do Judiciário, realizado nesta segunda-feira (16/02) em Belo Horizonte. Ao assegurar que os tribunais estão alinhados com os objetivos, as lideranças relataram esforços para a modernização e gestão dos processos.
O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Cesar Asfor Rocha, adiantou que, até o final deste semestre, todas as rotinas administrativas do Tribunal serão executadas por via eletrônica. “A meta agora é encurtar o tempo decorrido entre a autuação e classificação do processo desde o tribunal de origem até a distribuição no STJ, que hoje é de quatro meses “.
A ministra Cármen Lucia, que representou o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Carlos Ayres Britto, ressaltou que a “Justiça eleitoral vai em busca do cidadão, ao contrário de outros ramos da Justiça, que agem quando provocados ”. Ela lembrou que a Justiça eleitoral faz planejamento de curto, médio e longo prazo, ao considerar a logística do processo eleitoral. Disse que, desta forma, o planejamento eleitoral está em “sintonia com o planejamento nacional do Judiciário”.
Já o ministro Tenente-Brigadeiro-do-Ar Flávio de Oliveira Lencastre, presidente do Superior Tribunal Militar (STM) , discorreu sobre os avanços da Justiça militar em relação às metas traçadas para o planejamento estratégico propostas pelo ministro Gilmar Mendes para este ano. Em relação à meta relacionada ao julgamento de todos processos judiciais distribuídos até o final de 2005, o ministro revelou que, nesta categoria, o tribunal tem apenas três processos, número equivalente às características da Justiça Militar.
O presidente eleito do Tribunal Superior do Trabalho (TST) , ministro Milton de Moura França, destacou o início da digitalização dos processos na Justiça do Trabalho que caminha para a virtualização total de processos. Ele citou também o sistema de distribuição de processos que trará agilidade e economia.
Finalmente, o desembargador Marcos Faver, presidente do Colégio de Presidentes dos Tribunais de Justiça, conclamou os colegas a resgatar a credibilidade da Justiça brasileira. Segundo ele, “a morosidade é a mãe de todas as especulações negativas que existem no Judiciário”, o que provocou aplausos demorados da platéia.
SR/HC
Agencia CNJ de Notícias