A presidente do
Ellen Gracie falou sobre a urgência em unir as forças do Judiciário para acelerar os procedimentos da Justiça. "Não há mais tempo a perder. Mãos a obra", disse a ministra. Em seu discurso, a ministra voltou-se também, às equipes de Tecnologia da Informação do Judiciário e fez um apelo para que se lembrem que estarão lidando com juízes com profundo conhecimento jurídico, no entanto, em grande parte leigos em relação às potencialidade e à ciência que os técnicos dominam e podem oferecer. "Lanço um desafio para que demonstrem com clareza os produtos novos que estejam em vias de desenvolvimento e que gastem metade do seu tempo para desmistificar temores e preconceitos que possam haver em relação à segurança das informações, pois, dessa forma, será possível atuar em frutíferas parcerias, e não mais como ilhas isoladas".
O ministro Max Hoertel, presidente do Superior Tribunal Militar (STM), integrou a mesa de abertura do Conip-Judiciário e destacou que mesmo com o conhecido conservadorismo da Justiça Militar o STM tem caminhado para a informatização e está disposto a adotar as mudanças que serão benéficas para todos. "O conservadorismo é importante do ponto de vista ético e moral, no entanto, quando nos oferece uma oportunidade de crescer devemos acompanhar. É o que a Justiça Militar tem feito", disse.
A primeira conferência apresentada no congresso foi do juiz português Carlos Manuel Gonçalves de Melo Marinho, que mostrou como seu país conseguiu informatizar os processos no judiciário, contando com a cooperação dos países da Europa. Ele explicou a adoção do sistema de videoconferência que torna possível ouvir depoimentos de pessoas em outros países, o que acelera todo o processo. Na Europa, explicou o palestrante, os juízes são reconhecidos em primeiro lugar como europeus e, em segundo lugar, de acordo com sua nacionalidade. Dessa forma, há uma unificação, o que facilita a comunicação, pois tendo um ponto de contato em cada país é possível resolver problemas em algumas horas, o que antes levava meses ou anos.
Também estiveram presentes na solenidade de abertura o ministro Raphael de Barros Monteiro Filho, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o ministro Ronaldo Lopes Leal, presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Vagner Diniz, presidente do Instituto Conip, e a presidente da Corte Suprema do Panamá Graciela Josefina Dicson Cartoon.