Ministra Ellen Gracie abre congresso sobre informática no Judiciário

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A presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Ellen Gracie, participou na manhã desta segunda-feira (18/09) da abertura do Congresso de Informática Pública no Judiciário, Conip-Judiciário. O encontro tem o objetivo de apresentar soluções para agilizar os processos e os trâmites da Justiça brasileira, por meio da informatização.

Ellen Gracie falou sobre a urgência em unir as forças do Judiciário para acelerar os procedimentos da Justiça. "Não há mais tempo a perder. Mãos a obra", disse a ministra. Em seu discurso, a ministra voltou-se também, às equipes de Tecnologia da Informação do Judiciário e fez um apelo para que se lembrem que estarão lidando com juízes com profundo conhecimento jurídico, no entanto, em grande parte leigos em relação às potencialidade e à ciência que os técnicos dominam e podem oferecer. "Lanço um desafio para que demonstrem com clareza os produtos novos que estejam em vias de desenvolvimento e que gastem metade do seu tempo para desmistificar temores e preconceitos que possam haver em relação à segurança das informações, pois, dessa forma, será possível atuar em frutíferas parcerias, e não mais como ilhas isoladas".

O ministro Max Hoertel, presidente do Superior Tribunal Militar (STM), integrou a mesa de abertura do Conip-Judiciário e destacou que mesmo com o conhecido conservadorismo da Justiça Militar o STM tem caminhado para a informatização e está disposto a adotar as mudanças que serão benéficas para todos. "O conservadorismo é importante do ponto de vista ético e moral, no entanto, quando nos oferece uma oportunidade de crescer devemos acompanhar. É o que a Justiça Militar tem feito", disse.

A primeira conferência apresentada no congresso foi do juiz português Carlos Manuel Gonçalves de Melo Marinho, que mostrou como seu país conseguiu informatizar os processos no judiciário, contando com a cooperação dos países da Europa. Ele explicou a adoção do sistema de videoconferência que torna possível ouvir depoimentos de pessoas em outros países, o que acelera todo o processo. Na Europa, explicou o palestrante, os juízes são reconhecidos em primeiro lugar como europeus e, em segundo lugar, de acordo com sua nacionalidade. Dessa forma, há uma unificação, o que facilita a comunicação, pois tendo um ponto de contato em cada país é possível resolver problemas em algumas horas, o que antes levava meses ou anos.

Também estiveram presentes na solenidade de abertura o ministro Raphael de Barros Monteiro Filho, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o ministro Ronaldo Lopes Leal, presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Vagner Diniz, presidente do Instituto Conip, e a presidente da Corte Suprema do Panamá Graciela Josefina Dicson Cartoon.