Ao encerrar a audiência pública desta quinta-feira (28/05) em João Pessoa (PB), o corregedor nacional de Justiça, ministro Gilson Dipp, pediu que o Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) dê atenção aos novos juízes de primeira instância e que não espere que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vá substituí-lo nessa nova empreitada de promover melhorias na prestação jurisdicional no Estado. “Os Tribunais precisam ter consciência de que tem o dever de aperfeiçoar o sistema. Não se muda a história de um dia para o outro, temos que ter coragem de enfrentar os problemas”, salientou.

O ministro destacou que a participação dos cidadãos paraibanos foi a prova de que “a sociedade, quando chamada, se faz presente para elogiar e criticar o judiciário”. Cerca de 450 pessoas acompanharam a audiência, que durou 4h30 sem interrupção, muitas delas apresentando críticas e sugestões para a melhoria do Judiciário do Estado.“É a manifestação mais cristalina do cidadão que nunca teve a oportunidade de ser ouvido”, reforçou. Ele acrescentou que “o Judiciário no Brasil em muitas partes estava encastelado”. “Não sabíamos que a demanda social por transparência, eficácia e maior  efetividade na Justiça era tão grande”, enfatizou o ministro.

O ministro Gilson Dipp agradeceu a colaboração do presidente do TJ, Luiz Silvio Ramalho Júnior, e do Corregedor da Justiça do Estado, Abraham Lincoln da Cunha Ramos, que acompanharam toda a audiência e salientou que a presidência dos Tribunais de Justiça deixou de ser um cargo de representatividade de final de carreira dos magistrados, para tornar-se um ônus que supõe grande responsabilidade. Ele lembrou que muitos Tribunais brasileiros estão solicitando ao CNJ que antecipe as inspeções em seus Estados. “A colaboração do TJPB servirá para que a magistratura da Paraíba tenha o encontro que merece com o seu futuro”, concluiu.

MB/SR

Agência CNJ de Notícias.