Os novos juízes e novas juízas que tomaram posse no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) no dia 1º de julho foram às ruas do centro de Porto Alegre para ouvir a população. Em duplas ou trios, conversaram com quem passava pelas imediações do Mercado Público, da Esquina Democrática e da Praça da Alfândega.
Foram centenas de entrevistas para saber como as pessoas veem a Justiça gaúcha. A pesquisa de satisfação incluiu perguntas para saber se a pessoa já teve experiência com a Justiça, como avalia a atividade da magistratura, quais qualidades que juízes e juízas devem ter e defeitos que não devem ter, o grau de confiança na Justiça gaúcha e também sugestão sobre o que poderia ser aprimorado.
A dona de casa Ana Paula Trindade foi uma das entrevistadas. Ela tem 5 filhos e precisou da Justiça para buscar pensão alimentícia para três deles e também para uma medida protetiva contra o ex-companheiro. “A medida foi muito rápida, antes de 24 horas já foi dada, mas a pensão não consegui ainda.”
Relatos como este sensibilizam os novos magistrados e magistradas em relação ao que as pessoas necessitam e como percebem a ação da Justiça. “A sociedade ainda tem dúvidas do nosso papel. Estamos sempre trabalhando para estarmos mais próximos, para as pessoas conhecerem o judiciário”, analisou o juiz e assessor da Presidência do TJRS, José Luiz Leal Vieira, que acompanha essa atividade desde que ela foi criada, em 2014.
Além dele, o juiz Marcelo Malizia Cabral também participa desta ação. Segundo o magistrado, “esse é um exercício de horizontalidade. Precisamos ouvir o cidadão, que é o nosso cliente, e saber como agir para melhorar a Justiça”.
A juíza-corregedora Geneci Ribeiro de Campos também coordenou a aplicação da pesquisa com um dos grupos. Ao fim, as centenas de pesquisas foram reunidas e os resultados avaliados por todos os novos magistrados em um encontro no Palácio da Justiça. O exercício faz parte do curso de formação da magistratura, realizado antes de assumirem as comarcas.
Fonte: TJRS