A integração das bases de dados de todo o Judiciário é um dos objetivos do Portal da Justiça Brasileira, que será desenvolvido por meio de um acordo de cooperação técnica firmado entre o Conselho Nacional de Justiça, os Tribunais Superiores e o Colégio Permanente de Presidentes dos Tribunais de Justiça.
A idéia do projeto é organizar as informações daquele Poder, colocando à disposição da população dados como a lista nacional de condenados pelas justiças criminais, o cadastro nacional de juízes, as certidões emitidas pelos órgãos jurisdicionais, além de informações sobre o Judiciário em geral.
Hoje, não há uniformidade na disposição destas informações, nem uma integração dos sistemas, o que faz com que as consultas tenham que ser realizadas separadamente, isto é, em cada um dos tribunais, nem sempre informatizados. Isso provoca mais dificuldades aos profissionais do Direito e aos usuários do Poder Judiciário, demandando mais tempo na busca de dados e resultando em informações nem sempre confiáveis.
A coordenação da implantação do Portal da Justiça Brasileira será do Conselho Nacional de Justiça, que terá um prazo de até cinco anos para finalizar o processo.
Comissão – Uma Comissão de Informatização foi criada pelo CNJ para adiantar a utilização de um sistema de informática mais eficaz. A proposta do grupo é desenvolver o Banco de Dados de Sistemas Públicos, que vai reunir todos os sistemas de informática desenvolvidos pelos próprios tribunais e ainda os adquiridos – com todos os direitos reservados – por aqueles órgãos.
A grande diversidade de sistemas e modelos adotados nos vários tribunais do país é a principal dificuldade a ser superada. O Judiciário brasileiro é um dos mais evoluídos do mundo em termos de informatização, faltando apenas uma melhor coordenação para que todos se beneficiem dos muitos avanços conquistados pelos Tribunais.
O novo banco ficará disponível a todo o Poder Judiciário. Assim, cada tribunal, por meio desse intercâmbio de informações, poderá ter acesso aos sistemas utilizados nas outras Cortes de Justiça, adquirir novos programas e aprimorar seu respectivo setor de informática. Se necessário, o Conselho vai, inclusive, buscar fontes de financiamento público para que Tribunais possam implementar novos projetos.