O juiz Marconi Pimenta, titular do Juizado Especial Norte de Macapá e também coordenador do projeto Paz no Trânsito, chama a atenção para o fator impaciência no trânsito. O magistrado destaca que a pressa aliada ao descumprimento de regras básicas que determinam, por exemplo, a velocidade máxima permitida para circulação dentro da cidade e também nas rodovias, tem resultado no alto índice de acidentes no trânsito.

A prevenção começa de forma particular e individual, pontua o magistrado. “Os abusos no trânsito de Macapá ocorrem de forma generalizada. Pedestres, ciclistas e motoristas, além dos órgãos que cuidam da causa, todos têm sua parcela de responsabilidade. Mas nós, condutores, que temos o controle do carro nas mãos, sabemos que ele fere e mata, de tal sorte que precisamos redobrar nossa atenção, tendo em mente sempre que a vida do outro é tão preciosa quanto a nossa”.

Para o juiz, tantas ações educativo-preventivas foram reiteradamente organizadas pelo Judiciário estadual, por meio do projeto Paz no Trânsito, para mobilizar a sociedade em geral e os poderes para o problema. E mesmo com muitas fiscalizações, blitz, sinalizações, campanhas contra o álcool no trânsito e outras providências, a incidência dos acidentes continua exorbitante.

Para o magistrado, a irresponsabilidade no trânsito é “questão é cultural”. “Não basta policiamento em cada esquina se o cidadão não se educar e conscientizar-se que dele depende a mudança desse quadro de cenas dantescas”.

Fonte: TJAP