TRF2 conclui acervo digital e atinge meta de gestão

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Uma das principais metas de gestão da Corregedoria Regional da Justiça Federal da Segunda Região (Rio de Janeiro e Espirito Santos) acaba de ser cumprida. E, pela envergadura do projeto, bem como pelos benefícios que ele garante à administração judiciária, o que não falta é motivo para comemorar: todos os processos em papel referentes a correições ordinárias e extraordinárias realizadas desde a fundação do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), em março de 1989, até outubro de 2012 foram integralmente digitalizados e agora estão disponíveis para a instituição como documentos eletrônicos.

 

Ao todo, foram transformadas em informação  digital mais de 120 mil folhas de papel, que, empilhadas, formariam uma torre de mais de 10 metros (o equivalente a um prédio de três andares), pesando cerca de 1,1 tonelada. Mas, mais do que números impressionantes, o que o feito representa é a certeza de que os dados reunidos ao longo dos anos sobre o trabalho das varas, dos juizados e dos juízes federais ficam muito mais acessíveis e organizados não só para a atual gestão da Corregedoria, mas também para as futuras.

A iniciativa corresponde a um legado para os próximos titulares do órgão do Tribunal, como explica o atual corregedor regional, desembargador federal André Fontes: “Com a virtualização dos processos correicionais estamos instrumentalizando nossos sucessores para exercer a administração com muito mais agilidade, fluidez e segurança. É importante notar que não investimos na tecnologia porque estamos obrigados a fazê-lo, mas sim porque reconhecemos a utilidade e a funcionalidade de suas ferramentas. A tecnologia amplia as fronteiras das possibilidades e nos permite implementar novos serviços e projetos. E, principalmente, com a virtualização a Corregedoria tem condições de refinar o conhecimento de si mesma e do seu objeto, que é a atuação das unidades judicantes de primeiro grau”, defende o magistrado, destacando ainda os efeitos positivos que a redução do consumo de celulose terá no meio ambiente e nos gastos público.

Entre os milhares de papéis administrativos digitalizados, há documentos referentes a medidas com segredo de justiça decretado. E mesmo o material que não é sigiloso é, em princípio, considerado de interesse exclusivamente interno.

Por conta disso, a preocupação com o armazenamento e o acesso ao material teve destaque na empreitada.

Em primeiro lugar, foi criada uma chave específica para o armazenamento dos dados, no sistema informatizado do TRF2. E, ainda, toda a tarefa foi monitorada de perto por uma equipe da Corregedoria, conduzida pelo servidor Isalmir Silva: “Este trabalho e sua continuidade é um avanço no procedimento de consulta, guarda e armazenamento de dados da Corregedoria”, comemora o funcionário do gabinete.

Para que a ordem de André Fontes fosse cumprida, o órgão precisou contar com a parceria da Seção de Arquivo Judicial (SECARJ/DIGED), vinculada à Secretaria de Documentação e Disseminação da Informação (SED), onde a maior parte dos processos administrativos fica guardada (o restante permanecia na própria Corregedoria), e do Núcleo de Digitalização (NUDIG), que integra a estrutura da Secretaria de Atividades Judiciárias (SAJ) e que ficou responsável por transformar todo o papel em bits.

Do TRF2