O plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), reunido durante a 142ª. sessão ordinária, decidiu prorrogar o prazo para alguns tribunais se integrarem e enviarem informações para o Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP). A decisão beneficia os tribunais que pediram mais tempo ao serem questionados sobre o cumprimento da medida pela Corregedoria Nacional de Justiça. Cada tribunal terá um prazo diferente, de acordo com os motivos expostos.
Segundo a Resolução n° 137, a data final para a integração dos Tribunais de Justiça dos estados e os Tribunais Regionais Federais (TRFs) expirou em 15 de janeiro deste ano. A criação do Banco é uma determinação da Lei n° 12.403/2011, que alterou o Código do Processo Penal e conferiu ao Conselho a responsabilidade pela criação e manutenção do sistema que centralizará os mandados de prisão de todo o país.
Os tribunais de Minas Gerais e de São Paulo (comarcas do interior) solicitaram mais seis meses para se integrarem ao BNMP, mas a Corregedoria determinou que até 15 de maio as informações deverão estar disponíveis no sistema. O mesmo prazo foi concedido para tribunais de Justiça do Rio Grande do Sul e do Rio Grande do Norte e o Tribunal Regional Federal da 4ª Região que não sugeriram data para o cumprimento. Os demais tribunais tiveram seus pedidos de prorrogação acatados.
A maioria dos tribunais justificou o atraso devido a “dificuldades técnico-operacionais”. Já estão integrados ao BNMP os tribunais de Justiça do Amapá, do Ceará, do Distrito Federal e Territórios, de Goiás, do Maranhão, do Pará, de Pernambuco, do Piauí, do Rio de Janeiro, de Roraima e de Sergipe além dos tribunais regionais federais da 2ª e 5ª Regiões.
Avanço – Além de conferir transparência, o BNMP também deverá facilitar a execução dos mandados pelos operadores de segurança pública de todo o país, pois permite a prisão de procurados a partir da certidão expedida pela Internet. Antes do sistema, caso um policial localizasse um foragido em outro estado, ele deveria iniciar os trâmites legais para emissão dos documentos que permitissem a prisão.
O sistema criado pelo CNJ pesquisa os mandados abertos na base de dados dos próprios tribunais, eliminando a necessidade de reinserção manual dos documentos para alimentar o cadastro.
Tribunal não integrados ao BNMP |
Prazo concedido pela Corregedoria |
Tribunal de Justiça de Alagoas |
Abril |
Tribunal de Justiça do Amazonas |
Abril |
Tribunal de Justiça do Acre |
Março |
Tribunal de Justiça do Mato Grosso |
Março |
Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul |
Abril |
Tribunal de Justiça de Minas Gerais |
15 de maio |
Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul |
15 de maio |
Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte |
15 de maio |
Tribunal de Justiça de Rondônia |
Março |
Tribunal de Justiça de São Paulo |
15 de maio |
Tribunal de Justiça do Tocantins |
Março |
TRF 1ª Região |
Março |
TRF 3ª Região |
Abril |
TRF 4ª Região |
15 de maio |
Patrícia Costa
Agência CNJ de Notícias