A reunião de quatro unidades judiciais, com os servidores de todas elas promovendo um atendimento único, promete tornar ainda mais rápida a tramitação dos processos no Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA). A inovação responde pelo nome de Cartório Integrado, o primeiro da Justiça baiana que será instalado nesta sexta-feira (19/8), às 17 horas, no primeiro andar do Fórum Cível Orlando Gomes, em Salvador.
O projeto piloto reúne os serviços da 2ª, 5ª, 10ª e 11ª Vara de Relações de Consumo da Capital, todas com o acervo digitalizado, ou seja, não há papel. A iniciativa é inspirada no Cartório do Futuro, em funcionamento no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) desde 2014.
Todas as unidades vão se integrar, em um único espaço, considerando a gestão dos fluxos digitais do processo judicial eletrônico, que demanda o redesenho das unidades cartorárias, para que a estrutura física e de pessoal seja compatível com as etapas de trâmite dos feitos. “É experiência positiva, precisamos experimentar novas realidades. Temos um quadro de pessoal reduzido e, com esse grupamento e uma melhor divisão de trabalho, podemos alcançar melhores resultados”, disse o juiz Roberto Costa, titular da 2ª Vara de Relações de Consumo.
“O projeto me entusiasmou profundamente porque atinge o âmago, o foco dos problemas do Poder Judiciário, em especial do Judiciário baiano, que são a carência de servidores e o excesso de processos. É uma experiência que tem tudo para dar muito certo”, afirma Laura Scaldaferri, titular da 10ª Vara da Relações de Consumo.
Participam também do projeto piloto a juíza Rita de Cássia Ramos, titular da 5ª Vara de Relações de Consumo, e o juiz Fábio Alexsandro Costa Bastos, titular da 11ª vara. Juízes e servidores que irão trabalhar no cartório passaram por uma capacitação promovida pela Universidade Corporativa (Unicorp) do Tribunal de Justiça da Bahia.
Celeridade – A ação contou com a participação da escrivã Leila Cristina dos Santos, diretora geral do Cartório do Futuro, de São Paulo. Ela foi a convidada especial do início da capacitação a falar sobre os trabalhos. “É a melhor forma de trabalho. Traz celeridade processual e a padronização dos procedimentos, que é fundamental”, disse. “Antigamente, os advogados torciam para que o processo caísse em uma ou outra vara. O juiz tinha um procedimento, o cartório tinha outro. Agora, o serviço prestado é um só, de forma igualitária”, completou.
Leila elogiou o planejamento das ações no TJBA, que incluiu o curso e um estudo minucioso para a escolha e a implantação da unidade.
Fonte: TJBA