Quinta, 06 de Novembro de 2008 | |
O estande do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) atraiu a atenção dos magistrados e membros das cortes superiores que participaram em Santiago, no Chile, do II Congresso Ibero-Americano de Cooperação Judicial. Nos três dias de palestras e debates, foram atendidas cerca de 300 pessoas interessadas em conhecer, especialmente, como os brasileiros votam por meio das urnas eletrônicas.O Congresso foi encerrado nesta quinta-feira (06/11). |
“É um sistema muito interessante e impressiona pela rapidez dos resultados”, afirmou o senador chileno Alberto Espina Otero, para quem a cooperação judicial internacional será uma experiência muito proveitosa para os países latino-americanos. Para o presidente da Rede Latino-americana de Juízes, a participação do CNJ mobilizou os juízes e ministros que participaram do evento. “A apresentação dos sistemas de maneira monitorada permitiu um conhecimento mais adequado de como o Brasil está superando os desafios da virtualização do processo”, afirmou.
O conselheiro do CNJ, Antonio Umberto Souza Júnior, e o ministro do Superior Tribunal de Justiça, Hamilton Carvalhido, também participaram do Congresso. Para o integrante do CNJ, o Conselho tem um papel importante para desempenhar na cooperação internacional pois gerencia a integração dos sistemas do Poder Judiciário. “As boas práticas do Brasil podem servir para os demais países latino-americanos”, assinalou.
Para o juiz pernambucano Luiz Gomes da Rocha Neto, o intercâmbio de experiências com os países vizinhos será proveitoso, “não só pelos sistemas que conhecemos mas, principalmente para sabermos como cada tribunal trabalhou para superar desafios e problemas que são muito parecidos com os nossos.”
Experiências – No último dia do evento, o representante da Microsoft Humberto Aicardi apresentou a iniciativa de implementação, durante dois anos, da digitalização do processos no Tribunal de Justiça de São Paulo, onde estão concentados 49% dos processos judiciais brasileiros. O desafio a ser vencido foi diminuir o custo de US$ 300 milhões anuais para manter os processos, e melhorar o atendimento judicial, já que o número de processos paulistas aumenta 12,5% ao ano, enquanto a população cresce 1,14% .
De acordo com Aicardi, a informatização do tribunal permitiu digitalizar o Diário da Justiça, reduzir custos com a comunicação entre os servidores e com os demais órgãos judiciais e estatais. No Estado, oito varas estão digitais e o fórum central está sendo convertido para o processo digital, segundo informou. “Ao permitir o acompanhamento dos processos por meio eletrônico, a informatização significa também inclusão digital dos cidadãos”, afirmou, ressaltando o ganho econômico desse processo, “pois para cada US$ 1 gasto com processo digital, são gastos US$ 3 para o processo em papel”.
MG/SR
Agência CNJ de Notícias