Enquanto aguardava atendimento, o autônomo Antônio Cintra das Chagas esqueceu um pouco as preocupações do dia a dia e se distraiu com sons e imagens sobre a natureza, mesmo cercado de modernidades. No 8º andar do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), onde funciona a Corregedoria-Geral de Justiça (CGJ-AM), por algum tempo ele deixou de pensar em sua demanda processual, iniciada há seis anos, para aprender um pouco sobre meio ambiente.
“É a segunda vez que venho na Corregedoria acompanhar o andamento do meu processo. Gosto de como sou recebido aqui. Sempre tem uma coisa nova para aprender sobre a natureza. O tempo até parece que passa mais depressa”, avaliou Antônio.
Experiências como a de Antônio têm sido comuns a quem passa pelas dependências do órgão. A equipe de recepção da Corregedoria já registrou mais de 50 pessoas que demonstraram interesse pelo conteúdo assistido. Os vídeos fazem parte da 6ª e da 7ª Mostra Nacional de Produção Audiovisual Independente e estão sendo exibidos em mais de 540 espaços em todo o Brasil, que fazem parte do Circuito Tela Verde.
No Poder Judiciário do Amazonas, as exibições estão acontecendo graças a uma parceria entre a Corregedoria-Geral de Justiça do Amazonas, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Ministério da Cultura (MinC). São mais de 70 vídeos que abordam temáticas variadas como recursos hídricos, biodiversidade e resíduos sólidos, além de episódios destinados ao público infantil, com os personagens da Vila Sésamo.
A programação, que teve início em 22 de agosto na CGJ-AM, será permanente e faz parte do Programa Corregedoria Mais Verde, lançado no dia 5 de agosto pelo corregedor-geral de Justiça, desembargador Aristóteles Lima Thury. É meta do corregedor implementar ações de responsabilidade ambiental e sustentabilidade no Judiciário amazonense.
Conscientização – Desde julho, o órgão vem trabalhando a conscientização ambiental corporativa, com ações que envolvem palestras, distribuição de canecas personalizadas para substituição de copos descartáveis e estudo de viabilidade para redução do consumo de energia elétrica. Os próximos passos serão voltados para a diminuição do uso de toner de impressora e medidas de otimização de uso do papel.
Para o juiz auxiliar da Corregedoria Adalberto Carim, a conscientização das comunidades também é papel do Poder Judiciário. “Valorizar o meio ambiente é um ato de justiça social”, garantiu. As ações estão em sintonia com a Resolução 201/2015 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que dispõe sobre a criação de unidades ou núcleos socioambientais nos tribunais do país para gerir de forma eficiente, e com o menor impacto possível ao meio ambiente, materiais e recursos.
Fonte: CGJ-AM