Justiça pela Paz em Casa atende 100 pessoas no Pará

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O investimento em serviços que incentivam a mulher a viver dignamente marcou o encerramento da 7ª etapa da campanha “Paz, Nossa Justa Causa”, do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA). Uma ação social ocorreu na manhã do último sábado (11), na Praça dos Estivadores, no centro de Belém, envolvendo, além do Judiciário paraense, o Governo do estado, a Defensoria Pública do Pará e o Ministério Público do estado. A população recebeu serviços de orientação jurídica, com informações sobre os direitos da mulher, emissão de carteira de identidade e certidão de nascimento, além de atendimentos em saúde e apresentações culturais.

Pelo menos 100 pessoas tiraram dúvidas sobre a Lei Maria da Penha e receberam folders explicativos sobre os direitos da mulher. Uma das pessoas atendidas foi o mototaxista Marcelo Correa, que fez questão de se informar melhor sobre o tema. “A violência contra as mulheres está muito grande. E não é só a agressão física, existe também a psicológica, que acontece muito mais, inclusive. Existem maridos que querem se impor diante da mulher, porque eles têm uma visão machista de vida. Porém, isso não está certo. Nós dependemos de vocês. Se não fossem as mulheres, o que seriam dos homens?”, disse ele, que é casado há 20 anos e admitiu que, antes das orientações, já chegou a cometer atitudes abusivas contra a esposa. “A falta de informação nos faz realmente ignorantes, às vezes agimos errado sem perceber”, explicou.

Para a desembargadora Diracy Nunes Alves, à frente da Coordenadoria Estadual da Mulher Vítima da Violência Doméstica e Familiar do TJPA, o papel fundamental do Judiciário é dar andamento célere aos processos envolvendo violência contra a mulher, porém, a preocupação com ações educativas é fundamental. “Além da atuação judicial, que é o nosso principal objetivo, nós temos a obrigação de levar o serviço de atendimento social à sociedade, através da conscientização preventiva, incentivando o conhecimento de mulheres e também de homens sobre quais os direitos e os deveres da mulher, e o que é a igualdade de gênero”, ressaltou.

Psicólogas e assistentes sociais do Pro Paz Mulher orientaram sobre os serviços oferecidos pelo espaço. O Pro Paz Mulher funciona por meio de assistência multidisciplinar de áreas psicossocial, policial, pericial e jurídica, e recebe a vítima de violência de modo humanizado e integrado. A Polícia Civil também participou, fornecendo boletins de ocorrência e medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha, a toda mulher que prestasse queixa de qualquer tipo de violência sofrida.

O evento contou, ainda, com profissionais da Secretaria de Saúde (Sespa), que fizeram testes rápidos de HIV e hepatites virais. Estudantes de nutrição da Escola Superior da Amazônia (Esamaz) deram orientações nutricionais ao público. Para os cuidados com o corpo, a Secretaria de Esporte e Lazer (Seel) destinou professores que ministraram aulas de alongamento e dança.

Com o objetivo de capacitar as mulheres profissionalmente, os serviços nacionais de Aprendizagem Comercial (Senac) e de Aprendizagem Industrial (Senai) e o grupo Embeleze ofereceram cortesias de cursos para as mulheres que participaram da ação, preferencialmente àquelas que estejam em atendimento nos serviços voltados à situação de violência doméstica ou familiar. O grupo de percussão dos alunos do Pro Paz nos Bairros e a Companhia de Dança Caminhos foram as atrações culturais do evento.

Fonte: TJPA