O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) constatou nesta terça-feira (21/9) que no Centro de Atendimento Juvenil Especializado (CAJE) há 100% de superlotação, pois a unidade tem capacidade para abrigar 160 jovens e hoje está com mais de 320, podendo ser encontrados de quatro a cinco adolescentes nos alojamentos que são destinados a apenas dois.
Além disso, os adolescentes reclamaram de má qualidade da alimentação oferecida, falta de materiais nas oficinas, poucas aulas e falta de professores (apenas história, geografia e português).
Dos 10 módulos, um é feminino. Há um módulo com sala de convivência para adolescentes que apresentam melhor comportamento, além de módulos destinados a internação provisória e a internação por força de sentença.
Dando continuidade ao Projeto Medida Justa, o juiz auxiliar da presidência Daniel Issler e o juiz da infância e juventude de Recife, Humberto Vasconcelos, acompanhados da psicóloga Verônica Mafra e da assistente social Maria Bethania Andrade, visitaram na segunda-feira (20/9) o Centro Sócio Educativo (Cesami) que tem a gestão compartilhada entre poder público e a instituição religiosa Amigonianos, e é destinado exclusivamente à internação provisória; o corpo funcional tem melhor capacitação e autonomia, provendo atividades educacionais a todos os adolescentes, mesmo porque ali não há superlotação
Segundo o juiz Humberto Vasconcelos as unidades se assemelham a presídios e não a estabelecimentos educativos.
CR
Agência CNJ de Notícias