O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) realizará, na segunda-feira (7/4), o II Curso de Formação de Prepostos em Conciliação e Mediação, sob a coordenação da Comissão Permanente de Acesso à Justiça e Cidadania. O evento ocorrerá das 8h às 12h e das 14h às 18h, no auditório do Conselho da Justiça Federal (CJF), em Brasília/DF.
Dessa vez, participarão prepostos de empresas diversas, com espaço direcionado à área de telefonia. A capacitação pretende fazer que, durante as audiências de conciliação e mediação, os representantes das empresas tenham melhor posicionamento diante do cliente e apresentem suas propostas de forma mais adequada, com melhoria quantitativa, mas principalmente qualitativa dos acordos celebrados em juízo.
Segundo a juíza auxiliar da Corregedoria e integrante do Comitê Gestor de Conciliação, Mariella Nogueira, as ofertas são interessantes, mas os prepostos não se posicionam de forma correta nas audiências. “Eles devem saber valorizar a própria oferta da empresa, com uma apresentação mais amigável e levando em consideração o interesse da outra parte para que o cliente não enxergue a empresa como um opositor”, ressaltou.
Para a juíza, a empresa deve preservar o consumidor ao tratar adequadamente o conflito “porque um problema bem solucionado gera a manutenção do cliente”. “A prática demonstra isso”, salientou. De acordo com ela, entre os maiores demandados estão os bancos e as empresas de telefonia, seguidos do comércio de eletrônicos, grandes lojas de varejo e companhias aéreas.
Essa é a segunda edição do Curso de Formação de Prepostos em Conciliação e Mediação. O primeiro ocorreu no ano de 2013 e foi direcionado à atuação nos juizados especiais dos aeroportos, pensando nas companhias áreas durante o período da Copa das Confederações.
Os cursos cumprem deliberação da Resolução CNJ n. 125/2010, que trata da capacitação de conciliadores e mediadores e da melhoria da qualidade nas conciliações. Essa norma criou a Política Nacional de Conciliação no Judiciário Brasileiro e determinou a disponibilização de cursos de treinamento e aperfeiçoamento nessas áreas.
As 150 vagas oferecidas foram preenchidas. No final do curso, orientado por instrutores formados pelo CNJ, os participantes receberão um certificado.
Edilene Cordeiro
Agência CNJ de Notícias