A Justiça pernambucana quer ser mais rápida e segura. Para atingir esse objetivo, a Corregedoria-Geral de Justiça de Pernambuco (CGJ-PE) realizou, na quinta feira da semana passada (18/4), a abertura do 1º Mutirão de Contagem Eletrônica de Processos em todas as varas de Pernambuco. O evento, que contou com a presença do presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Jovaldo Nunes, e do corregedor-geral da Justiça, Frederico Neves, lotou o auditório do Fórum Rodolfo Aureliano com magistrados e servidores.
“Queremos ser criticados por coisas reais e não por coisas fictícias”, disse Jovaldo Nunes. Já o corregedor-geral de Justiça explicou que o projeto do mutirão começou com um pedido da presidência do tribunal para que a Corregedoria deflagrasse esse trabalho e da necessidade do levantamento do número processual. “Um dos mais sérios problemas reside na não coincidência entre os números divulgados no sistema e o número real de acervo de processos nas varas judiciais no estado de Pernambuco”, afirmou Frederico Neves.
Aos olhos de Neves, “a imagem que se passa do Judiciário de Pernambuco, que seria o mais atravancado do Brasil, é irreal, e não atesta a realidade da situação”. O corregedor ressaltou também a importância do trabalho de contagem e levantamento de dados. “Como diz um filósofo chamado Hans Kelsen, o mais formoso sonho da humanidade é o da Justiça e para concretização desse sonho, urge que nós enfrentemos nossos problemas”, afirmou.
Além do presidente e do corregedor do TJPE, estavam presentes à mesa expositora o desembargador Mauro Alencar, o juiz diretor do Fórum João Alberto Magalhães e os juízes assessores Saulo Fabianne e Mariana Vargas, coordenadora do mutirão. Ela explicou detalhadamente tudo sobre a contagem do mutirão, abordando aspectos técnicos e do modo operacional do sistema de informática.
Ferramenta – De acordo com a juíza Mariana Vargas, para a realização do trabalho, os juízes e servidores utilizarão o Módulo de Contagem Eletrônica de Processos, desenvolvido pela Secretaria de Tecnologia do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) por solicitação da Corregedoria. “A ferramenta agiliza a contagem porque utiliza a leitura ótica de códigos de barra. Por isso, é importante que as varas reimprimam as capas dos processos antigos que ainda não disponham de código de barra”, explicou.
O mutirão terá prazo de 45 dias, com término em 3 de junho, período em que, além das atividades normais das varas, serão contados todos os processos físicos e feita a comparação com o numerário constante do sistema de informática.
Fonte: TJPE