Aberto nesta quarta-feira (01/09) pelo corregedor nacional de Justiça, ministro Gilson Dipp, o curso sobre drogas voltado à melhoria do atendimento da Justiça a dependentes químicos envolvidos em processos, vai contribuir para a ressocialização dessas pessoas e a redução da reincidência. “É preciso que essas pessoas sejam compreendidas ao chegar ao Judiciário. Não basta combatermos apenas os traficantes, é preciso conter os consumidores”, destacou o ministro, na solenidade em Brasília (DF), que foi transmitida pela internet para mais de 15 mil pessoas inscritas no curso. Clique aqui para ouvir a entrevista do ministro Dipp.
A formação é destinada a juízes, membros do Ministério Público, servidores e colaboradores do Poder Judiciário e visa garantir um atendimento adequado a usuários e dependentes de drogas envolvidos em processos criminais e da área da Infância e Juventude. Em locais onde a metodologia de atendimento que será abordada no curso já vem sendo implantada, como é o caso de alguns juizados especiais do Paraná e Rio de Janeiro, a taxa de reincidência no consumo de drogas é de apenas 2%. “O Brasil está entre os maiores consumidores de droga do mundo. Se não tivermos uma política pública de recuperação, não conseguiremos vencer esse problema”, destacou o corregedor nacional.
O Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Jorge Armando Félix, destacou que a parceria entre os diferentes Poderes da República é a forma mais eficaz de combater o avanço das drogas no país. “Este é um problema que afeta a saúde, a segurança e a área econômica, por isso a importância de trabalharmos juntos para vencer esse desafio”, afirmou Félix. O secretário da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), Paulo Roberto Uchôa, salientou que a iniciativa vai contribuir para integrar os juízes no processo de reinserção dos usuários e dependentes químicos na sociedade.
Curso – Ao todo 946 juízes, 11.090 servidores e 3.451 colaboradores estão inscritos no curso que é resultado de uma parceria entre o CNJ, a Senad e a Universidade de São Paulo (USP). A capacitação será à distância e está prevista para começar no próximo mês, com 120 horas/aula. O treinamento será feito em horário disponível pelo interessado, desde que não interfira nas suas atividades normais. Cada grupo de 50 pessoas terá um monitor para garantir que o inscrito esteja participando efetivamente das aulas e para esclarecimentos de dúvidas. Os participantes receberão certificação de Curso de Extensão emitido pela Universidade de São Paulo. Mais informações no site http://senadcnj.edm.org.br/.
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Agência CNJ de Notícias