A Comissão Gestora do Plano de Logística Sustentável (PLS) do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) apresentou o projeto de revisão do PLS com novas metas para serem executadas entre 2021 e 2022. As metas buscam alcançar a média da Justiça Federal e a consequente melhoria no Índice de Desempenho de Sustentabilidade (IDS) instituído pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Os resultados de sustentabilidade alcançados, no período de 2015 a 2019, foram utilizados como parâmetros para o estabelecimento de definição das metas de longo prazo. Devido ao cenário da pandemia da Covid-19 em 2020, que tornou o ano atípico com relação ao consumo, os dados desse período foram desconsiderados como referência para as metas estipuladas.
O IDS é definido com base no consumo de energia elétrica, água, papel, copos descartáveis, água envasada em garrafas plásticas descartáveis, deslocamento de pessoal (redução da quantidade de veículos e gastos com gasolina), reciclagem e ações de capacitação e de qualidade de vida. A melhoria desse índice está relacionada à redução do consumo dos itens medidos desses indicadores.
No TRF1, de 2015 a 2019, por meio da aplicação do PLS, foi possível perceber considerável redução no consumo de recursos naturais e materiais com forte queda no impacto ambiental do Tribunal. Em 2015, a Corte utilizava mais de 21 mil resmas de papel – em 2019, esse número caiu para 12.386.
Em quatro anos, o TRF1 também conseguiu reduzir o uso de copos descartáveis de 39.920 para 10.462. O consumo de energia elétrica caiu de 6.612.877 kWh para 4.268.699 kWh. Os gastos com água em 2015 eram de 52.920 m³ e passaram para 27.944 m³ em 2019.
“Com essa série histórica, a gente faz uma análise de enriquecimento do trabalho e percebe o quanto o TRF da 1ª Região avançou. Atingimos excelentes índices de metas e de cortes. Isso é muito bom porque a caminhada foi boa, mas ainda temos o desafio de construir metas e continuar melhorando. Esse histórico nos ajuda a criar metas com precisão e outros pontos de aperfeiçoamento”, avaliou Vanessa Rodrigues Barbosa Siqueira, presidente da Comissão Gestora.
Esses resultados levaram o TRF1 a um IDS de 49%. Para melhorar ainda mais o índice, o CNJ sugeriu ao Tribunal continuar nessa tendência de queda no consumo dos indicadores citados, além de promover ações com foco na racionalização de consumo de suprimentos de impressão, implementação de controle de manutenção dos equipamentos, redução de gastos anuais com telefonia fixa e móvel, aperfeiçoamento da gestão de resíduos, controle de gastos com serviços e material de limpeza, melhor avaliação de contratos de segurança, modernização do sistema de transporte e capacitação em sustentabilidade.
Pilares
O novo PLS busca criar critérios de sustentabilidade pensando cada vez mais no meio ambiente e na reutilização, evitando o desperdício e os impactos negativos na natureza. A gestão socioambiental é apoiada em três pilares: ambiental, social e econômico, com foco na redução do impacto ambiental, na redução do desequilíbrio social e no aumento do bem-estar da sociedade e da eficiência na gestão dos recursos orçamentários.
O plano de ação do novo PLS foi apresentado à Diretoria do TRF1 pelo supervisor da Seção de Apoio à Gestão Socioambiental e de Acessibilidade e Inclusão (Seamb), Carlos Roberto de Jesus Domingues. “Nós estabelecemos as metas usando alguns parâmetros como os dados da série histórica que apresentaram tendência de queda no consumo, a capacidade de desempenho atual e a capacidade de ainda fazer ajustes no futuro.”
Durante a reunião, as metas propostas foram analisadas, ponto a ponto, com sugestão de ajustes pelo diretor-geral do TRF1, Carlos Frederico Maia Bezerra. “A elaboração de nossas metas deve ser muito cuidadosa, feita com moderação, de forma a avaliar a viabilidade do que for proposto, pois o objetivo é cumprir o projeto”, observou o diretor.
As metas do PLS apontam para a continuidade da tendência de redução do impacto socioambiental do Tribunal. Tomando-se como ano-referência o ano de 2019, as metas objetivam uma redução, até dezembro de 2022, de 10% no consumo de papel e de copos descartáveis, e em de 15% do consumo de água envasada em embalagens descartáveis.
Em razão da forte redução já alcançada entre os anos de 2015 e 2019, tendo o Tribunal se aproximado do seu limite, dadas as suas limitações orçamentárias e a incerteza conjuntural para o próximo biênio, a proposta é não aumentar os gastos com energia, limpeza, água, vigilância, transporte e telefonia fixa e móvel em relação a 2019. O plano abarca, ainda, o propósito de elevar em 10% a participação de servidores em iniciativas que promovem a saúde e a qualidade de vida no trabalho, além de outras ações correlatas
O diretor-geral, Carlos Frederico, parabenizou a Comissão Gestora pelo trabalho de revisão do Plano e colocou a Administração do Tribunal à disposição para assegurar a execução do PLS. “Esse trabalho destaca importância que tem o PLS – antigamente se não dava tanta importância a essas questões de sustentabilidade dentro do serviço público e o CNJ agora tem reiteradamente cobrado dos tribunais a aplicabilidade do plano. É um tema de grande relevância hoje e vocês todos estão de parabéns.”
Fonte: TRF1