Moradores da distante comunidade da Vila do Sucuriju, no Amapá, receberam a equipe de servidores da Justiça Itinerante por cinco dias. Foram prestados atendimentos e ações de cidadania. Na jornada que encerrou o ciclo de atividades em 2015, a equipe de servidores do Judiciário saiu em campo para identificar as demandas existentes na comunidade, a fim de que a vila fosse incluída em definitivo nas ações.
Segundo o juiz Luciano Assis, titular da Vara da Infância e da Juventude, a partir do trabalho realizado será feito um relatório e encaminhado às autoridades competentes. O magistrado constatou quadro crítico e estado de resignação para as 120 famílias que moram na região, onde não há segurança pública instalada, os serviços de saúde e de educação são precários e falta água potável.
Também foi registrado um crescente ingresso de drogas na região. “Precisa haver uma abordagem imediata das autoridades naquele local para se identificar como as drogas chegam à região. É preciso reprimir e aplicar políticas de saúde em relação aos adolescentes usuários de drogas, senão logo teremos problemas mais graves na comunidade”, ressaltou o juiz.
Demandas judiciais – A economia da vila gira em torno da pesca artesanal. Apesar do difícil acesso, o magistrado pontua que o Estado deve desenvolver políticas para atender pessoas que vivem no local. Na vila não há registro de demandas judiciais e ações. Eles não têm a quem reclamar e vivem em resignação total.
O Judiciário local planeja aplicar e apresentar uma política de restauração de relações na área, ao demonstrar o papel da Justiça e, se for preciso, realizar círculos e palestras para a população conhecer direitos e deveres. A jornada contou com o apoio do gabinete da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros, enfermeiros e da Defensoria Pública.
Fonte: TJAP