Novo design vai uniformizar sistemas eletrônicos do CNJ  

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Os futuros sistemas eletrônicos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) passarão a ser padronizados de acordo com um novo modelo de design e uma nova arquitetura. Elaboradas em parceria do CNJ com o Tribunal de Justiça do Mato Grosso (TJMT), as mudanças foram pensadas a partir do ponto de vista dos usuários. A ideia é que se tenha a mesma experiência ao se acessar os diferentes sistemas do Conselho. O primeiro a ser repaginado será o Processo Judicial Eletrônico (PJe).

O sistema de tramitação eletrônica de ações judiciais, utilizado pelo CNJ e outros 70 tribunais em todo o país, ganhará uma nova interface gráfica, mais moderna. Mais que uma nova identidade visual, o modelo terá melhor usabilidade, tanto para magistrados e servidores quanto para promotores, defensores públicos, advogados e usuários de fora do Poder Judiciário, como as partes envolvidas nos processos.

O novo repertório de componentes e a biblioteca de códigos que serão usados por programadores e desenvolvedores na atualização das telas e das funcionalidades do sistema já estão disponíveis desde a noite de segunda-feira (1º/7). Uma versão prévia de como poderá ser a nova “cara” do PJe pode ser acessada no hotsite do projeto. A chamada versão “demo” é só uma amostra da aparência do novo sistema, pois os painéis de controle e as telas poderão ser personalizadas pelo usuário, de acordo com suas necessidades.

Nova arquitetura

O novo projeto foi concebido de acordo com os princípios de design para interfaces gráficas consagradas pelo cientista da computação dinamarquês Jakob Nielsen nas “10 heurísticas de Nielsen”. As diretrizes para construção de interface gráfica advogam celeridade (menos cliques), acessibilidade (atalhos e acesso melhor a pessoas com deficiência), linearidade (padrão único de identidade) e flexibilidade (personalização do sistema).

Futuro próximo

Após a atualização do PJe, todos os sistemas de eletrônicos a serem elaborados pelo CNJ daqui em diante seguirão o mesmo conjunto de características. Como a versão mais recente do PJe foi concebida como plataforma, os novos módulos que serão agregados já adotarão o novo design. De acordo com o coordenador do Departamento de Tecnologia da Informação do Conselho Nacional de Justiça (DTI/CNJ), o juiz auxiliar da Presidência do CNJ Bráulio Gusmão, a expectativa é de ver o novo padrão em funcionamento até o fim do ano.

“Para além de um novo design, o CNJ está oferecendo para o Judiciário uma evolução na experiência dos usuários de seus sistemas: simples, intuitivo e eficiente. Além do uso no PJe, nós recomendaremos que os demais tribunais adotem o mesmo modelo para padronizar seus sistemas”, afirmou o magistrado.

Uso

A exemplo de outras atualizações de sistemas feitas com base no usuário, o processo de elaboração desse novo padrão do CNJ levou em consideração quem são os usuários, quais problemas a ferramenta os ajuda a resolver, quais os objetivos de alguém ao recorrer à ferramenta e quais as tarefas mais realizadas. O objetivo foi aprimorar a “usabilidade” do sistema, para que PJe se torne uma ferramenta mais eficiente e mais prática para se usar. O projeto também contempla as melhores práticas para o acesso de pessoas com deficiência.

Cores

As novidades começam por uma nova disposição dos botões na tela. A ideia é deixar mais fácil de localizar o repertório de ações para quem está diante da tela.  O número de cores utilizadas também foi reduzido a três. O azul, cor original do PJe, foi mantido para não causar estranhamento a usuários acostumados com o padrão antigos. O tom do azul, no entanto, será mais vivo. Uma cor secundária, o laranja, servirá para indicar ações de personalização (customização). Uma terceira cor, o cinza, servirá para indicar ações como itens desabilitados.

A identidade visual foi concebida de acordo com o “Material Design”, um moderno sistema de diretrizes, componentes e ferramentas práticas de design de interface de usuário, baseado em código fonte aberto (aberto pelos seus criadores a modificações), na colaboração de designers, desenvolvedores e programadores.

Manuel Carlos Montenegro
Agência CNJ de Notícias