Advogados recebem capacitação em métodos consensuais

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Uma parceria entre o Poder Judiciário e a Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso (OAB/MT) vai possibilitar que os advogados recebam capacitação nos métodos consensuais de solução de conflito, como a mediação e a conciliação. O treinamento será realizado pela OAB-MT, por intermédio da Escola Superior de Advocacia (ESA) em parceria com uma empresa especializada.

O termo de parceria foi assinado nesta terça-feira (9) no gabinete da vice-presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargadora Clarice Claudino da Silva, que é a presidente do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec) do TJMT.

A desembargadora elogiou a iniciativa da OAB-MT em capacitar os advogados e disse que dessa forma será possível conquistar aqueles profissionais que ainda resistem à aplicação dos métodos consensuais. “Quando a própria OAB vem dar o respaldo para o advogado se capacitar, isso gera uma confiança a mais. Essa parceria era um desejo muito antigo e que hoje se concretizou”, ressaltou.

O curso vai possibilitar que a capacitação seja levada a um número maior de advogados. “A ideia é expandirmos para todas as subseções, alcançando o maior número de advogados possível”, afirma a Rebeka Vieira, diretora da empresa que vai ministrar a capacitação.

Para o presidente da OAB-MT, Leonardo Campos, o advogado precisa criar a cultura da mediação e da conciliação. “Temos que desmotivar a cultura do litígio, em que todas as diversidades tinham que ser solucionadas pelo Judiciário”, pontua. Ele afirma que o termo de cooperação assinado com o Judiciário é uma das mais importantes parcerias celebrada entre as duas instituições.

De acordo com a desembargadora Clarice Claudino, o Nupemec já capacitou mais de 2 mil pessoas nas técnicas de mediação e conciliação, sendo cerca de 40% advogados. Com o termo de cooperação esse número deve aumentar significativamente. “O advogado que conhece os métodos consensuais tem mais opções a dar a seus clientes na hora de resolver um conflito”, explica a desembargadora.

A mediação e a conciliação foram reguladas pela Resolução nº 125/2010 do Conselho Nacional de Justiça, que instituiu a política pública de tratamento adequado dos conflitos de interesses, prevendo que os tribunais capacitem os mediadores e conciliadores, além de promover a certificação dos participantes desses cursos.

 

Foto: TJMT