Presos de Peixoto Azevedo, no Mato Grosso, vão costurar o próprio uniforme

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Presos da Cadeia de Peixoto de Azevedo, em Mato Grosso, aprenderam a costurar e, graças à ajuda da comunidade e da Justiça, conseguiram angariar fundos para construir um galpão para a confecção dos próprios uniformes. Além de se sentirem úteis à sociedade, os reeducandos ocupam a mente com atividades físicas e intelectuais, eliminando grande parte do tempo ocioso.

Além de costurar, os internos da Cadeia de Peixoto de Azevedo cultivam a horta da cadeia e as verduras são usadas para incrementar a alimentação. Eles também participam de projetos de incentivo à leitura e fazem artesanatos com linhas de crochê e palitos de picolé, produzindo tapetes, redes, brinquedos e objetos de decoração.

“Eles fizeram um porta joias de palito de picolé que é uma obra prima”, relatou o juiz Alcindo Peres da Rosa, que recentemente foi transferido para outra comarca, mas continua admirando o empenho da diretora da Cadeia Pública de Peixoto de Azevedo, Willian Maria da Silva, nos diversos projetos e trabalhos desenvolvidos.

Esta e outras parcerias na Comarca de Peixoto de Azevedo e municípios da redondeza têm rendido bons frutos. Por meio de campanha junto ao empresariado local, o juiz Darwin de Souza Pontes, da Vara Única de Guarantã do Norte, obteve a doação de 50 sacos de cimento, além de britas e tijolos para a construção de três novas celas na Cadeia Pública de Peixoto.

A ampliação, que deve acontecer até dezembro, visa amenizar a superlotação da unidade prisional, que hoje possui 60% do total de internos oriundos de Guarantã do Norte. Faltam apenas as ferragens para que a obra tenha início, mas juíza Cláudia Anffe Nunes da Cunha, da Comarca de Matupá, que também destina reeducandos para a Cadeia de Peixoto, se comprometeu a colaborar com a causa.

Com recursos de transações penais que ficam sob a administração do conselho da comunidade, será adquirido todo o metal necessário. A mão de obra ficará por conta dos presos.

Fonte: TJMT