A Justiça Federal da 3ª Região (SP e MS) inaugurou, na segunda-feira (12/6), o Laboratório de Inovação – iJuspLab – que funciona no 2º subsolo do Fórum Federal Cível Ministro Pedro Lessa, localizado na Avenida Paulista. É o primeiro laboratório de inovação no Judiciário brasileiro.
“Esses tipos de laboratórios são uma nova forma institucional de enfrentarmos os desafios do setor público de maneira bem diferente dos métodos tradicionais. Trata-se de um espaço colaborativo e criativo para troca de conhecimento e ideias, com o objetivo de oferecer condições para que a inovação ocorra de forma contínua numa determinada organização”, afirma o juiz federal Paulo Cezar Neves Junior, diretor do Foro da Seção Judiciária de São Paulo.
Os laboratórios de inovação têm como características a cocriação; a colaboração de atores do governo e de fora dele; a utilização de métodos multidisciplinares; o incentivo à criatividade; a eliminação de hierarquia na formulação de sugestões, entre outras.
A ideia do iJuspLab surgiu em 2016, período em que a Justiça Federal de São Paulo enfrentava diversos desafios com a drástica redução orçamentária, problemas com centralização administrativa, dificuldades de comunicação (interna e externa), improvisação e carência de dados administrativos. Desde então, a Diretoria do Foro elaborou o Programa de Gestão e Inovação da Seção Judiciária de São Paulo (o iNovaJusp – www.jfsp.jus.br/inovajusp), lançado no segundo semestre de 2016, e agora inaugura o Laboratório de Inovação.
“O laboratório será um espaço de participação democrática. Nele, juízes, servidores, operadores do direito e usuários da Justiça, poderão desenvolver, com o uso de técnicas e metodologias próprias, projetos e ações que visem um serviço público de maior qualidade”, garante a juíza federal Luciana Ortiz Zanoni, vice-diretora do Foro.
O iJuspLab também vem cumprir a própria Constituição Federal, que determina ao Estado estimular a formação e o fortalecimento da inovação nos entes públicos, e atende determinação de resolução do Conselho Nacional de Justiça, que prevê a participação efetiva e democrática dos integrantes do sistema judiciário na elaboração de propostas orçamentárias e planejamento estratégicos.
O objetivo imediato é capacitar laboratoristas e implementar, ainda neste ano, ao menos dois projetos desenvolvidos no Laboratório. “Convidamos a todos que estiverem interessados em participar deste projeto, num ambiente de criação coletiva, que nos procurem para construirmos essa nova realidade e, assim, contribuirmos para a melhoria do Poder Judiciário em nosso país”, finaliza Paulo Cezar Neves Junior.
Fonte: TRF3