A Comarca de São Miguel do Araguaia (GO) implantou, na semana passada (17/9), na Unidade Prisional da cidade, o projeto Inclusão Digital para Reeducandos. A iniciativa busca promover a democratização da informática a reeducandos, oferecendo cursos semanais que serão ministrados por profissional da Prefeitura Municipal de São Miguel do Araguaia. Ao todo, serão cinco computadores disponibilizados para o projeto.
Estiveram presentes no evento de implantação do projeto o juiz Peter Lemke Schrader, ex-titular da comarca da cidade, o diretor da unidade prisional, Vivaldo José Ferreira, a coordenadora do projeto, Valéria Alves da cunha, o procurador de Justiça Alencar José Vital e a promotora de Justiça Cristina Emília França Malta. O projeto tem a parceria da Prefeitura de São Miguel do Araguaia e do Ministério Público de Goiás (MPGO).
A Comarca de São Miguel do Araguaia já desenvolve outros projetos de ressocialização na cidade. O Mexa-se Capoeira tem por objetivo promover a socialização e despertar o interesse de reeducandos para a prática esportiva. O projeto contempla a modalidade capoeira, com abordagem teórica e prática. As aulas são ministradas todos os dias, sempre no fim da tarde, por um educador físico – funcionário da prefeitura – ou um dos reeducandos praticante do esporte.
Sabão ecológico – Já o Projeto Fábrica de Sabão Ecológico: Sustentabilidade e Ressocialização é desenvolvido em duas vertentes – ambiental, com o reaproveitamento de óleo de cozinha usado como matéria-prima, e a ressocialização de internos. De acordo com o juiz Peter Lemke Schrader, a ideia surgiu a partir da análise de um projeto semelhante em um presídio do Rio Grande do Sul que foi adaptada para ser aplicada em Goiás. Além de promover a reeducação, o projeto tem como objetivo promover renda para os presos e o presídio, com a venda de sabão.
O projeto oferece uma nova experiência de emprego, o conhecimento e a redução de pena aos reeducandos, pois cada dia de trabalho corresponde a um dia a menos da pena. Com o apoio da prefeitura municipal, o óleo de cozinha usado em restaurantes da cidade é recolhido por meio da coleta seletiva e entregue à unidade prisional. Inicialmente, a fábrica funciona com 10% de sua capacidade, utilizando a mão de obra de três detentos.
Fonte: TJGO