O coordenador do Núcleo Socioambiental do Tribunal Superior do Trabalho, Jomar Pereira da Silva, reuniu-se na manhã desta terça-feira (13) com a responsável pela Seção de Gestão Socioambiental do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Neuma Nunes, a fim de transmitir as experiências do TST em ações socioambientais e de sustentabilidade. Com diversos programas já instituídos na área, o Tribunal acumula experiência suficiente para contribuir com a seção responsável pela matéria no âmbito do CNJ, criada recentemente.
Segundo Neuma, o Conselho já vem atuando na aérea socioambiental há algum tempo, mediante campanhas internas e edição de resoluções e atos normativos. Porém, a criação de um setor especializado é recente. “Existia essa preocupação, existia a comissão, existia um plano de logística socioambiental, mas a criação da seção ocorreu somente no mês passado”, explicou. “Então, estamos nesse processo de estruturação, conversando com órgãos que já têm uma unidade implantada há mais tempo, para fazer essa troca de experiências. Buscamos conhecer as boas práticas para levar as ideias para o nosso órgão”.
A experiência do TST na área inclui diversas práticas hoje amplamente difundidas e reconhecidas, como a compostagem do lixo orgânico, a realização habitual de feiras de produtos orgânicos, a coleta seletiva e o descarte de lixo inorgânico (metais, plásticos e vidros).
A compostagem, que consiste na transformação do lixo em húmus, é feita mediante o aproveitamento do material oriundo da borra do café, da poda das árvores e dos restos de alimentos dos restaurantes, que, após a fermentação (processo que dura cerca de 90 dias), vira adubo orgânico e é destinado às plantas dos vasos e jardins do TST. “Nosso objetivo é, com o passar do tempo, não mais comprar ou utilizar adubo químico na jardinagem do Tribunal”, afirma Jomar Silva.
Outra ação é a feira de produtos orgânicos, instituída no ano passado e implantada pelo Comitê de Sustentabilidade Solidária. Ela tem obtido excelente aceitação pelo público e dado ótimos resultados para os quase 200 produtores (pertencentes a cooperativas ou associações) que ali comercializam seus produtos. “Exigimos que os produtores apresentem certificação de que seus produtos são livres de agrotóxicos, pesticidas e adubos químicos e de que não foram desenvolvidos a partir de sementes transgênicas”, assinala o coordenador.
Sobre o equilíbrio no ciclo que envolve consumo e descarte do lixo, o Tribunal também tem desenvolvido ações responsáveis e constantes, assegura Jomar. “O TST já realiza há muito tempo a coleta seletiva do lixo com a separação dos plásticos e do papel, que seguem para as cooperativas conveniadas, enquanto o lixo orgânico é retirado por uma empresa contratada, que o leva para o aterro sanitário”.
Fonte: TST