TJSE proporciona lazer a crianças abrigadas

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Crianças e adolescentes abrigadas em 16 entidades de acolhimento sergipanas tiveram a oportunidade de vivenciar uma manhã de lazer e diversão no último sábado (08/10). Promovido pela Coordenadoria da Infância e da Juventude do Tribunal de Justiça de Sergipe em torno das celebrações pela Semana da Criança, o III Encontro Interativo do Programa de Apadrinhamento Ser Humano levou 250 acolhidos aos Shoppings Riomar e Jardins, na capital sergipana. Foram oferecidos uma sessão de cinema com exibição da animação Rio, lanches e uso de brinquedos nos parques de diversões, durante uma hora.

O evento foi patrocinado por empresas madrinhas: Banese Card, Banese Corretora, Cinemark, Game Station, Sweet Play, Mc Donald’s, através do apadrinhamento provedor – uma das modalidades estabelecidas pelo Programa Ser Humano – e teve o apoio da administração dos Shoppings Riomar e Jardins. O programa estabelece três formas de apadrinhamento: afetivo, colaborador e provedor.

Segundo a juíza coordenadora da Infância e Juventude, Vânia Ferreira de Barros, o Tribunal de Justiça de Sergipe promove tal projeto, incluído no Planejamento Estratégico do TJSE, evidenciando uma ação pautada no voluntariado responsável. “Isso envolve organizações empresariais, a sociedade civil e o próprio Poder Judiciário, o que traz credibilidade ao projeto e proporciona a essas crianças algo que é seu por direito: o lazer”, disse a magistrada.

A juíza afirmou ainda que a garantia da segurança e dos direitos das crianças e adolescentes é responsabilidade do Estado, da sociedade e da família. “A criança que está acolhida no abrigo precisa se sentir no direito de participar desse espaço. Muitas crianças aqui nunca tiveram a oportunidade de ir ao shopping, ao cinema. Através do programa, na modalidade de apadrinhamento provedor, a gente conseguiu realizar essa ação”.

A vivência vai além dos risos e da diversão. De acordo com a assistente social do Lar Infantil Cristo Redentor, Luzijan Aragão, esse é um momento de integração entre as crianças e adolescentes abrigados onde se trabalha também sua autoestima. “É quando podemos mostrar a elas que não estão fora da sociedade. Elas veem que estão separadas do seu seio familiar, mas que o retorno é possível e que realmente o abrigo não é sinal de cadeia ou punição para ela, e sim um momento emergencial”. O Lar abriga 18 meninas com idades entre nove e 17 anos.

A gerente do Sweet Play, Cristiane Oliveira, se diz gratificada com a oportunidade de contribuir com a alegria de crianças que tiveram a oportunidade de brincar num playcenter pela primeira vez. “Para nós é uma gratificação, estamos tornando reais os sonhos deles, pois tem muitos que nunca tiveram essa oportunidade. Dá para observar a alegria no rosto de cada criança e isso é fantástico!”, comemorou.

Atuando através do apadrinhamento colaborativo, 35 voluntários entre alunos e professores do Colégio Saint Louis estiveram acompanhando e monitorando os acolhidos. Para a professora Adriana Oliveira, os próprios alunos já têm a expectativa da interação com as crianças. “A experiência de proporcionar essas atividades e ver de perto a reação dos pequenos é belíssima e emocionante”.

As entidades de acolhimento cadastradas no Programa de Apadrinhamento Ser Humano e que participaram do III Encontro Interativo são: Abrigo Caçula Barreto, Projeto Esperança, Oratório Festivo São João Bosco, Lar Meninos de Santo Antônio, Casa Abrigo Sorriso, Casa da Criança Nossa Senhora Vitória, Lar Cecília Pranger, Abrigo Acolhedor Marcelo Gusmão Magalhães, Centro de Estudos e Observação, Casa Santa Zita, Abrigo Feminino Maria Izabel Santana de Abreu, Lar Infantil Cristo Redentor, Abrigo Nova Vida, Abrigo Masculino Dr. Gilton Feitosa da Conceição, Abrigo Feminino Drª Maria Lilian Mendes Carvalho e Lar Nossa Senhora das Graças.

Fonte:  TJSE